quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Se me deixasse explicar...

De manhã tudo estava o mais normal possível. O improvável era impossível.
Um fecho de luz bateu em meus olhos. Acordo ouvindo passos e pássaros voam da janela, lá, sim lá estava ele mais lindo que nunca, tomando seu café, parecia até uma alucinação minha, ele esperava, com calma e cautela meu acordar.
Levanto-me e ele vem em minha direção, me dá beijo, diz meu amor, mas já tão de pé, termina me dizendo para tomar café que ele estará indo se vestir.
Diz que me ama e que sempre será assim, finjo acreditar e o dedico os anos mais preciosos da minha vida a ele.
Um dia, depois de anos juntos, aquele fecho de luz atravessa meus olhos novamente, ao me virar o vejo com as mãos no rosto pensativo sentado na cama e ao seu lado uma pequena mala com suas coisas essenciais dentro. Ao se levantar me diz que não dá e que chegou sua hora de ir.
Nisso o digo, com um brilho nos olhos, já esperando aquela resposta: infelizmente isso acabou, mas infelizmente isso não sai como esperava e então desabo a chorar.
_ Cadê todo aquele amor que você dizia sentir por mim e a onde foram parar todos os nossos anos de felicidade juntos, você vai jogar tudo isso no lixo, assim sem mais nem menos.
_ Entenda EU TEMO e nunca vou deixar de te amar, mas estou morrendo e a única coisa que me resta a fazer e esperar, esperar que a morte bata a minha porta, internado, deitado em uma cama de hospital.

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