segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Amor em Shakespeare

Como na praia as ondas incessantes
nossos minutos indo ao fim agitam-se
cada um toma a vez ao que foi antes
e nesse afã pra frente precipitam-se


Do berço, em mar de luz, vamos de rastos
até a idade adulta que nos coroa,
mas turvam essa glória eclipses nefastos
e o Tempo o que antes dera então desdoa,


O tempo estiola a flor da mocidade,
cava em formosa fonte as paralelas,
come à Natureza a vera raridade


Nada resiste a suas ceifa-ladas
Mas de esperança meus versos ficarão
Louvam-te contra sua cruel mão

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